A importância da Biomassa para o Mercado de Créditos de Carbono

maio 17, 2023 | Biomassa | 0 Comentários

A biomassa está desempenhando um papel cada vez mais relevante tanto para 

a compra de energia gerada por fontes renováveis, quanto para a aquisição de créditos de carbono, que podem fazer a compensação energética. 

Esta é a constatação de um estudo realizado pela EPE, uma empresa federal, ligada ao Ministério de Minas e Energia. Também participam da pesquisa o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). 

Lançado no final de fevereiro de 2023, o relatório dá à biomassa um papel de destaque na descarbonização do setor de energia.

Neste artigo você vai saber porque o Brasil tem potencial para ser um ‘player’ ambiental e seu importante papel para o Mercado de Créditos de Carbono. Veja nosso roteiro:

  • O que é a descarbonização?
  • O que é o mercado de créditos de carbono?
  • O papel do Brasil no mercado de créditos de carbono
  • O Brasil como ‘player’ ambiental
  • Potência global em energia limpa
  • Biomassa: a aposta brasileira para a descarbonização
  • O potencial de crescimento da biomassa
  • Conclusão

O que é a descarbonização?

Indo direto ao ponto, isso tem a ver com o efeito estufa. 

Acontece que o uso de combustíveis fósseis pelos carros (gasolina ou óleo diesel) e pela indústrias (óleo combustível, gás natural, GLP), emite dióxido de carbono (CO2). Os cientistas afirmam que isso tem provocado o aquecimento global.

Segundo o que foi estabelecido pelo Acordo da ONU em Paris, na COP 21, os países que mais emitem esses gases, entre eles o Brasil, devem reduzir esta  emissão até 2050 e ajudar a evitar o aumento da temperatura do planeta em mais de 2°C. 

 

O que é o mercado de créditos de carbono?

Em suma, ele permite que empresas e pessoas compensem as suas emissões de gases de efeito estufa comprando créditos gerados por projetos de redução de emissões e/ou de captura de carbono. 

Dessa forma, pode-se transferir o custo social das emissões para os agentes emissores, ajudando a conter o aquecimento global e as mudanças climáticas. 

Esta medida é consequência do Protocolo de Kyoto, assinado em 1997. Foi um acordo entre os países das Nações Unidas que também estipulava metas de redução das emissões.

 

O papel do Brasil no Mercado de Créditos de Carbono. 

Estes projetos tem alcance global e visam construir o caminho para um mundo mais sustentável. 

Evitar o uso de combustíveis fósseis e aumentar a eficiência energética são ações diretamente associadas à transição para uma economia de baixo carbono.

Portanto, busca-se a redução dos danos de efeitos climáticos extremos, como secas, enchentes, furacões e proliferação de doenças. 

Além de garantir vida melhor para as futuras gerações, as empresas que investem em sustentabilidade também têm benefícios no presente, como a criação de uma imagem positiva e a geração de valor agregado para os negócios. 

 

O Brasil como ‘player’ ambiental

As previsões mostram que o Brasil tem potencial para se tornar um dos maiores ‘players’ de serviços ambientais do mundo. 

O país tem riquezas e características que permitem o investimento em projetos de geração de energia limpa, de créditos de carbono, de produtos advindos da biodiversidade, além de grãos, proteína e silvicultura.

Inegavelmente, o Brasil tem a matriz energética mais renovável entre os países industrializados. 

No mundo, fontes renováveis como a solar, eólica e biomassa, por exemplo, somam aproximadamente 15% do total. No Brasil, a matriz energética tem 44,8%, ou seja, quase a metade vem de fontes renováveis. 

Boa parte da bioenergia gerada no país é decorrente de uma variedade bem grande de fontes de biomassa, incluindo resíduos florestais, agrícolas, industriais e da pecuária. 

Devido às suas características, a biomassa apresenta grande potencial para garantir um crescimento ainda mais sustentável da matriz energética brasileira.

 

Potência global em energia limpa

O Brasil também está numa posição favorável para enfrentar as mudanças climáticas com sucesso, de acordo com o Relatório sobre Clima e Desenvolvimento para o Brasil (CCDR, na sigla em inglês), divulgado em maio de 23, pelo Banco Mundial. 

Conforme o estudo, o país pode se tornar uma potência global de energia limpa, salvar a Amazônia e, ao mesmo tempo, proporcionar uma vida melhor à população.

O relatório avalia que o Brasil pode expandir a economia e combater as mudanças climáticas com investimentos relativamente modestos em agricultura, combate ao desmatamento, energia, cidades e sistemas de transporte. 

Segundo o Banco Mundial, o fator que colabora para esta previsão é a posição privilegiada do país em termos de acesso a energias renováveis, como descrito acima.

 

Biomassa: a aposta brasileira para a descarbonização. 

Iniciamos este artigo citando o estudo realizado pela EPE, que dá à biomassa um papel de destaque na descarbonização do setor de energia.

Ele traçou cenários diferentes para a evolução da matriz energética, tanto no total ofertado quanto na composição das fontes energéticas. 

Em todos eles, ocorre uma queda significativa na utilização de combustíveis fósseis em 2050, que recua entre 13% e 27%. 

Ao mesmo tempo, as fontes renováveis crescem em torno de 70% em todas as projeções. O estudo constata que este avanço se deve à biomassa, fonte que mais amplia participação na matriz energética brasileira, seguida por eólica e solar. 

 

O potencial de crescimento da biomassa

Por exemplo, a geração de energia a partir da biomassa é responsável por mais de 9% de toda a energia gerada no Brasil. E o potencial de crescimento é grande porque o país dispõe de muitas fontes de biomassa. 

Considera-se biomassa toda a parte biodegradável de produtos e resíduos de matérias orgânicas (agrícolas e industriais, principalmente).

Entre eles estão: 

  • resíduos agrícolas (bagaço de cana, casca de arroz, restos de culturas),
  • resíduos animais (gorduras, óleos, graxas e estrume de animais),
  • resíduos do processo florestal (lascas, costaneiras, cavaco) etc. 

Ainda mais, a biomassa é bem mais barata, se compararmos com outras formas de energia, além de ser produzida regionalmente, o que colabora para independência energética e geração de receita regionais.

Além disso, o país tem alta disponibilidade de espaço físico para produzir os resíduos usados para abastecer as caldeiras geradoras de vapor.

 

Conclusão

Por fim, nos últimos anos, observa-se um grande salto tecnológico na modernização das caldeiras a biomassa, o que contribui ainda mais para a economia de baixo carbono.

Na Engecass Caldeiras, elas são projetadas para promover uma queima mais eficiente do combustível, aproveitando ao máximo a energia, com o mínimo de geração de gases poluentes. 

Em outras palavras, economia na queima do combustível associada à descarbonização.

Se sua empresa deseja ingressar neste mercado de créditos de carbono, fale com os especialistas da Engecass Caldeiras

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